Uma Boa Menina
Uma mulher de 35 anos de idade contou que ia divorciar -se. Seu casamento era feliz e tinha três filhos. Embora não pudesse dar nenhuma razão satisfatória para essa decisão, mostrava-se inflexível e repelia qualquer sugestão para reconsiderar.
Em sessão posterior, o terapeuta perguntou -lhe a respeito de seus pais. O pai morrera tentando salvar os companheiros num acidente de avião. O terapeuta perguntou ainda que idade tinha a mãe na época. Ela respondeu: “Minha mãe perdeu meu pai quando tinha 35 anos”. O terapeuta volveu então:“Em sua família, uma boa menina tem de perder o marido aos 35 anos?” Cega de amor, a filha fez o que a mãe fizera, partilhando sua perda como se uma segunda separação compensasse a primeira, como se seu divórcio demonstrasse lealdade. Os filhos, inconscientemente, aspiram igualar os pais no SOFRIMENTO.
Seu vínculo amoroso é tão forte que os cega e eles não conseguem resistir à tentação de zelar pelos pais assumindo-lhes a dor. Embora façam isso por amor e acreditem que estão praticando o bem, passam a comportar-se como pais de seus pais e dramatizam os medos destes prejudicando a si mesmos.
Este amor cego protege os vínculos com os pais, mas, atuando como pais e tentando dar -lhes ao invés de receber deles, invertem o fluxo do dar e receber e, inadvertidamente, perpetuam o sofrimento.
O amor entre pais e filhos obedece a uma hierarquia, no interior da família, que exige que eles continuem como parceiros desiguais: os pais dão, os filhos recebem. Assim, segundo a terceira Ordem do Amor, tudo
vai melhor quando os filhos são filhos e os pais são pais — ou seja, quando a hierarquia familiar é baseada no tempo e na função, é respeitada.
Do livro “Simetria oculta do Amor” – Bert Hellinger
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